Dezoito presos teriam sido torturados no presídio em Cataguases, diz Defensoria Pública

Eliane mostra a declaração dos presos
confirmando a denúncia de tortura.

A Defensoria Pública Regional está investigando denúncias de tortura que teriam sido praticadas junto aos detentos do presídio em Cataguases. O anúncio foi feito pela diretora daquele órgão nesta cidade, Eliana Maria Oliveira Spíndola, na tarde desta segunda-feira, 26, em entrevista coletiva, na sede daquela Regional, que contou também com a participação dos Defensores Públicos Davi Cleriston Campos Pereira e Bruno Meirelles Jardim.

De acordo com Eliane Spíndola, nos últimos quinze dias ela vinha recebendo diversas denúncias de que os detentos em Cataguases estariam sendo vítimas de tortura. Para apurar o possível fato ela, juntamente com outros dois defensores, Bruno Jardim e Davi Pereira, estiveram em visita ao presídio na última sexta-feira, dia 23, quando conversaram com vários acautelados que confirmaram a denúncia “e ainda nos deram uma declaração por escrito e assinada por cada um deles”, acrescentou a Defensora Pública Regional.

Eliane Spíndola, no entanto, faz questão de reiterar que não se pode afirmar a prática de tortura no presídio. “Estamos apenas iniciando uma investigação neste sentido com base nas denúncias dos acautelados. Portanto, é muito cedo para fazer uma afirmação destas”, explicou. Ela revela ainda ter ouvido dos presos “cerca de dezoito deles teriam sido torturados por três agentes penitenciários e pelo diretor”. Eliane disse que os tipos de tortura relatados são “chutes, pontapés, uso de spray de pimenta, socos em diversas partes do corpo, arrastamento e o que eles chamam de “crucificado”, que é algemar o detento na grade pelo alto, em posição de cruz, e deixa-lo ali pendurado por algum tempo”.

Nesta segunda-feira, 26, a responsável pela Defensoria Pública Regional abriu um processo para apurar as denúncias. Antes, porém, ela revelou ter recebido um telefonema anônimo ameaçador. “Hoje ligaram aqui para a Defensoria e me disseram o seguinte: “Se a gente cair chefia você cai de bruços”. Então, enviei ao Juiz de Direito João Paulo Júnior ofício número 790/2011 pedindo a quebra do sigilo telefônico aqui da Defensoria e o afastamento do diretor do presídio, para que as investigações não sejam contaminadas por tráfico de influências ou intimidação”, informou. Eliane Spíndola acrescentou que este tipo de ameaça não vai fazê-la recuar. “O telefonema anônimo disse que vou cair de bruços, mas não vou não; vou cair de pé, porque cumpri o meu dever. Se pensam que vão me fazer calar com este tipo de atitude, enganam-se”, frisou.

Eliane Spíndola contou que esta foi a primeira vez que recebeu denúncias de tortura no presídio em Cataguases e que o fato foi comunicado a seus superiores. Ela também disse que ainda não pensa em pedir segurança pessoal. “Vamos esperar mais um pouco, pode ter sido um ato impensado, mas não descarto esta possibilidade”, avaliou. Agora ela vai estender este seu trabalho junto aos demais presídios sob sua responsabilidade porque “é inconcebível que a gente ainda conviva com este tipo de violência, este tipo de crime, afinal”, completou, visivelmente emocionada.

Os três Defensores Públicos: Bruno, Eliane e Davi.

Outro lado - Citado pela Defensora Pública Regional como um dos possíveis torturadores, o diretor geral do presídio, Giuliano de Paula, negou veementemente a existência ou a possibilidade da prática de tortura naquela unidade prisional, bem como a sua participação. Apesar de não ter gravado entrevista alegando impedimento hierárquico, ele recebeu a reportagem do Blog do Marcelo Lopes em seu gabinete na tarde desta segunda-feira, 26, quando fez a seguinte declaração: “Esta denúncia não procede porque aqui jamais existiu sequer esta possibilidade. Ao contrário, adotamos medidas educativas junto aos presos e incentivamos sua ressocialização através de diversas ações. Além disso, quero esclarecer que desde que ingressei nesta carreira, em 2004, meu nome jamais esteve associado ou vinculado à situações de maus tratos”.  

Defensoria Pública de Cataguases apura denúncia de tortura no presídio em Cataguases. Os fatos estariam acontecendo há cerca de quinze dias e teriam sido praticados contra dezoito detentos.

Daqui a pouco você lê aqui, no Blog do Marcelo Lopes, esta notícia na íntegra, com exclusividade.

Ubá vai realizar festival de música

Após o sucesso do Prêmio Ary Barroso de Música, que começou a resgatar a cultura dos festivais em ubá e trouxe para a cidade músicos de diversos lugares do país, a Prefeitura começa a planejar a segunda edição do Prêmio, que mais uma vez acontece em novembro, possivelmente entre os dias 12 e 14 de novembro.

Em sua edição do ano passado o Festival atraiu mais de cento e vinte compositores de todo o país e, por este motivo, o Prefeito Vadinho Baião e os integrantes da comissão organizadora do Prêmio já estão preparando esta segunda edição. Uma das diferenças do ano passado é que em 2011 serão três dias de evento. Nos dois primeiros dias será realizada a fase classificatória, quando serão apresentadas 15 músicas em cada dia. No domingo, fase final, vão se apresentar as dez melhores músicas. Ao final, serão conhecidos os vencedores. Os interessados em participar podem obter outras informações podem ser obtidas na Prefeitura daquela cidade.

Odontologia Municipal tem novo coordenador

O diretor de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde, Luiz Fernando Bittencourt (foto), o conhecido "Nasal", entregou o cargo na última semana. Em seu lugar foi nomeado - e já está trabalhando - o dentista João Francisco Loures. O motivo da saída de Nasal, que esteve à frente daquele setor dois anos e nove meses, é de cunho profissional, segundo ele revelou ao Blog do Marcelo Lopes.

- Pedi exoneração para poder me dedicar mais à minha profissão. Estava me sacrificando para poder fazer o trabalho como ele deve ser feito e ainda atender à minha clientela. Além disso, percebi que não conseguia dedicar-me à minha família. Agora estou trabalhando no Posto de Saúde da Taquara Preta, onde fui muito bem recebido, e continuo atendendo os meus pacientes normalmente no meu consultório, explicou.

Acadêmicos de Arquitetura visitam Cataguases

Um grupo de noventa alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade da Cidade, em São Paulo estiveram em Cataguases nos últimos três dias, 24, 25 e 26 de setembro, visitando os monumentos modernistas da década de 1950. O grupo veio conhecer de perto aquele rico período da arquitetura brasileira dentro do Projeto Arquitetura Itinerante em que os alunos percorrem cidades que possuem acervo arquitetônico importante para ampliar seus conhecimentos.
"Vivenciamos o que aprendemos em sala de aula", disse a estudante do quarto período de arquitetura, Natasha Asnar (foto). E Cataguases tem obras excepcionais do movimento modernista. Eu que estudei sobre este tema no semestre passado, adorei conhecer esta cidade e suas obras", completou a acadêmica. Hoje, pela manhã, na concha acústica da Praça Rui Barbosa, o grupo se reuniu para uma foto de despedida. "Esta cidade vai deixar saudades", finalizou Natasha.

LS Jack cancela show momentos antes de se apresentar e culpa organização

A festa estava programada para começar por volta da meia noite deste sábado, 24, para domingo, 25, na antiga Acrópole, hoje Moove, com uma das bandas que mais fez sucesso no início dos anos 2000: LS Jack. Ingressos foram vendidos com antecedência, cartazes espalhados pela região, divulgação em massa, inclusive com a participação deste blog... Enfim, tudo fazia crer em um super show em que o público voltaria a ouvir e a cantar, depois de tantos anos, “Carla”, um megassucesso do LS Jack, que alçou a Banda à condição de estrela da música pop brasileira. Mas, o que se viu naquela noite foi atraso, correria, conversas e mais conversas, decepção, prejuízo e o cancelamento – pela própria banda – de sua apresentação, o que ocorreu por volta das 2 horas da madrugada.

A respeito do ocorrido a produção do LS Jack fez divulgar na página da Banda no Facebook uma longa Nota Oficial em que dá a sua versão para a não realização do show. O Blog do Marcelo Lopes, assim que tomou conhecimento daquele comunicado tentou em vão, durante toda a tarde deste domingo e início da noite, contato com os produtores da banda para confirmar a autenticidade do texto. O mesmo esforço foi feito para ouvir os contratantes e sócios da Moove Danceteria, Pedro Condé e Leandro Machado, que responderam ao pedido do Blog divulgando também um comunicado oficial sobre o episódio que contrapõem os fatos elencados pela Banda.

A longa Nota emitida pelo LS Jack, revela frustração pela não realização do show, pede desculpas ao fãs pelo cancelamento e informa os motivos que levaram ao cancelamento do espetáculo: “Nossa produção e equipe técnica chegou ao local do show para verificação das condições por volta das 19h30 e concluíram que absolutamente nada do que pedimos em nosso rider técnico havia sido providenciado: nem som, nem luz, nem palco.” E continua elencando o que seriam motivos para desistir do show: (...) “Não havia nenhum equipamento de som e luz, bem como as estruturas de montagem disponíveis dentro da casa...” Em seguida, revela a disposição de ajudar na resolução dos problemas: “nossa equipe se colocou à disposição para analisar todas as pendências e tentar viabilizar uma possibilidade de realizarmos o show sem comprometer nossa qualidade técnica na apresentação, o que sempre foi uma grande preocupação e foco do LS Jack.” A decisão de cancelar o show teria sido tomada por volta da 1 hora da madrugada e, ainda segundo o comunicado, os organizadores do evento teriam sido avisados do cancelamento “bem antes das 3 horas da manhã”. A Nota termina agradecendo “a compreensão de cada um que sempre nos apoiou e esperamos retribuí-los com mais um grande show do LS Jack em breve”.

Ao tomar conhecimento da Nota Oficial divulgada pela produção da banda LS Jack, Pedro Condé e Leandro Machado, organizadores do show e proprietários da Moove, divulgaram também a sua versão dos fatos através do seguinte comunicado oficial:

''A casa tem sua parcela de culpa SIM, mas não deixamos de arcar com NENHUMA DE NOSSAS RESPONSABILIDADES.  apenas fomos obrigados a improvisar e a banda, através de sua ADORÁVEL empresária, ALEGOU FALTA DE ESTRUTURA, sem motivos reais para isso, uma vez que não voltaram para a Moove a fim de conferir se os equipamentos PEDIDOS E ACEITOS por eles mesmos haviam sido instalados. O local foi prejudicado, sim, em seu palco durante a tarde, ficando com restrições em sua estrutura e sendo obrigado a improvisar, mas alegar que foi esse o motivo da não apresentação é RIDÍCULO. Como na própria nota oficial no Facebook da banda diz ''ainda também com a informação de que havia pouquíssimas pessoas no local do show...'' ou seja, fazendo pouco caso de seus poucos fãs atuais. Além disso é uma banda que está voltando a se apresentar agora e, portanto, SEM INTERESSE ALGUM DA MÍDIA. FALTA DE COMPETÊNCIA. Este foi o motivo real do não comparecimento da banda na casa. Se escoraram nos IMPREVISTOS que a casa enfrentou. O fato é: Com R$ 14.700,00 na conta da Banda pra que cantar, né? JAMAIS FARÍAMOS ALGO VISANDO O PREJUìZO DO NOSSO PÚBLICO, isso nao seria vantajoso para uma casa com funcionamento quinzenal. Entenda quem quiser e puder e critique eternamente quem também achar necessário. Estamos aí pra isso e é mais do que claro que honramos com nosso compromisso em relação à banda. Apenas divulgamos esta Nota em respeito àqueles que lá estiveram e para que a verdade prevaleça, sem maquiagens ou argumentos contraditórios, como na Nota Oficial da banda. TODOS VIRAM nossa correria (em cima da hora, sim) sendo mais uma PROVA  de que não foi por falta de organização proposital, e sim uma forma IMPROVISADA na tentativa de contornar a situação, coisa que a banda NÃO TEVE HUMILDADE PRA FAZER. Tudo o que divulgamos agora, pode ser claramente PROVADO.  São fatos e não desculpas”.

Copa Sesi de Handebol será realizada em Cataguases

Cataguases sedia, entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro a Copa Sesi de Handebol. O torneio vai reunir equipes consagradas de Minas Gerais como a de Pará de Minas, Cataguases, Ponte Nova, Juiz de Fora e Coronel Pacheco. O evento será realizado no complexo esportivo da Escola Estadual Francisco Inácio Peixoto e no Ginásio Poliesportivo Max Baer Lopes e será coordenado pelos professores Ivair Neto e Paulo Roberto Silva Júnior, o Moitão.
De acordo com Moitão as equipes de Cataguases das categorias cadete e juvenil farão um belo torneio, “pois vêm treinando duro no CAT para a competição com o técnico Ivair Neto, e, além disso, estão disputando o campeonato mineiro de handebol”, assegurou. A esperança de medalha fica por conta da equipe juvenil que já competiu na fase estadual dos Jogos Escolares de Minas Gerais e vão representar Cataguases na fase estadual do JIMI, que será realizada em Patos de Minas.