
O livro que vai dar origem ao filme conta a história de Serginho, que mora em Cataguases e tem uma vida péssima, com problemas com a esposa e até a perda do filho. Assim, um belo dia, em conversa descontraída num bar, surge o assunto de ganhar a vida em Portugal. Ele, então, não vacila e, na busca de vencer na vida, juntar um bom dinheiro e voltar com um bom pé, muda-se para Lisboa. José Barahona diz que vai contar a história antes da migração para Portugal. “Todos nós sabemos como é a vida dos imigrantes nos países que os recebem. Mas a gente pouco ou quase nada sabe a respeito da vida deste imigrante em seu país. É isto que me chama a atenção e quero mostrar com mais ênfase neste filme, sem deixar, é claro, de mostrar como será a vida dele em Portugal”, explica.

José Barahona (foto) tem 42 anos, é formado pela Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo completado os seus estudos em Cuba e Nova York. Entre seus trabalhos estão Buenos Aires Hora Zero (2004), o curta metragem de ficção Pastoral (2004), premiado no Fantasporto e nos Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, e o documentário Milho, premiado no CineEco (2009), em Seia. Agora ele está no Brasil também divulgando seu mais novo documentário, “Manuscrito Perdido”, uma co-produção luso-brasileira que vai contar a história de um manuscrito perdido que teria sido escrito por Fradique Mendes um poeta e aventureiro português, amigo de Eça de Queiroz, que se instalara em uma pequena cidade ao sul de Salvador no final século XIX. O filme participou, recentemente, da 35ª Mostra de Cinema de São Paulo.