quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O cataguasense Luiz Ruffato lança novo livro

O escritor cataguasense Luiz Ruffato está lançando seu mais novo livro, “Domingos sem Deus” (Editora Record, 112 páginas, R$32,90) é o último volume da série “Inferno Provisório” que vem trabalhando há exatos quinze anos. Os primeiros “capítulos” desta saga vieram com “Mamma, Son Tanto Felice”, “O Mundo Inimigo”, “Vista Parcial da Noite”, “O Livro das Impossibilidades” e, finalmente, agora, “Domingos Sem Deus”.
O jornalista do jornal Folha de São Paulo, Marco Rodrigo Almeida, escreveu o seguinte sobre a mais nova lavra de Ruffato. “Em conjunto, os cinco livros formam um painel da história do operariado brasileiro nos últimos 50 anos.
Foi com essa ambição - de retratar o trabalhador comum - que, há cerca de 15 anos, Ruffato escreveu seu primeiro livro, "Histórias de Remorsos e Rancores" (1998).
Dele ao mais recente livro, o escritor dedicou-se ao árduo trabalho de escapar dos clichês. O mais perigoso deles seria retratar os operários como tipos rasos e esquemáticos, apenas vítimas da desigualdade social.
"A série é totalmente o contrário do que se espera de uma literatura sobre o trabalhador braçal. Não tem coitadinho no meu livro", explica.
Também não tem a linguagem direta e crua que, em geral, marca os relatos sociais. Cada livro é formado por histórias breves, com diversos personagens, de forma não linear, sem um "começo-meio-fim".
É nas entrelinhas, portando, que o leitor deve buscar o sentido dessa saga tão diferente de um enredo clássico.
De "Mamma, Son Tanto Felice" a "Domingos sem Deus", Ruffato narra a migração dos personagens, do interior de Minas Gerais para São Paulo ou Rio de Janeiro, em busca de emprego e dinheiro.
Quase sempre, porém, vão encontrar apenas outras formas de desilusão. Se a série tivesse uma "moral da história", poderia ser: "o inferno está em todos os lugares".
"Está dentro de cada um", enfatiza o autor.
Ruffato nega qualquer motivação autobiográfica nos livros, mas é difícil não associá-lo aos personagens. Como muitos deles, o autor nasceu em uma família pobre em Cataguases (MG), foi torneiro mecânico e veio tentar a sorte em São Paulo.

O resto, porém, foi bem diferente. Hoje um dos autores mais prestigiados do país, ele pode vislumbrar um paraíso ao qual seus personagens nunca tiveram acesso. "Para mim foi realmente um inferno provisório", brinca. 
O Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - que é uma associação de consumidores fundada em 1987 sem fins lucrativos e sem qualquer vínculo com empresas, governos ou partidos políticos, cuja missão é promover a educação, a conscientização, a defesa dos direitos do consumidor e a ética nas relações de consumo, com total independência política e econômica, está lançando uma campanha para regulamentar a Banda Larga de Internet no Brasil. De acordo como aquele Instituto, quando o assunto é internet o país caminha a passos de tartaruga.
"A sensação de que a conexão que você compra não é a que chega até você é a mais pura realidade. As operadoras de banda larga só garantem 10% da velocidade contratada e algumas (como é o caso de Minas Gerais, o Velox) nem se comprometem com uma capacidade mínima! Apesar das inúmeras reclamações, não há regulação que garanta a qualidade da internet que pagamos", publicou o Idec em e-mail enviado para milhares de brasileiros nesta quarta-feira, 12, solicitando a participação na campanha para melhorar a qualidade da internet no Brasil.
Mudar esta realidade, no entanto, depende de apenas quatro pessoas. Os membros do Conselho Diretor da Anatel vão se reunir nos próximos dias para tratar do assunto. Sobre estes conselheiros há uma enorme pressão dos provedores de banda larga que querem manter tudo como está. Para que isto não aconteça o Idec pressiona em sentido contrário e conta com o apoio de todos os internautas,  teoricamente, os maiores interessados no assunto.
O Blog do Marcelo Lopes, conhecedor da importância nos dias de hoje da internet de boa qualidade e reconhecendo o precário estado deste serviço em contrapartida ao elevado preço cobrado pelos provedores, abraça esta ideia e divulga para seus leitores um link fornecido pelo Idec para que - caso queiram - também façam parte deste movimento: www.idec.org.br/campanhas/qualidadeja (copie e cole este endereço no seu navegador)


Ao assinar a petição pede-se a aprovação dos seguintes pontos na regulação:

- regras de qualidade de atendimento ao consumidor, com prazos máximos para reparo, instalação, resolução de reclamações, atendimento no SAC, entre outros;

- definição da variação máxima permitida da velocidade de modo a garantir qualidade, como previsto inicialmente pela Anatel;

- abatimento na conta proporcional à velocidade não entregue;

- ferramenta certificada para o consumidor medir a qualidade da sua conexão;

- metas de rede ligadas à disponibilidade do serviço e transmissão de pacotes nos moldes da proposta que foi à consulta pública

- capacidade máxima de ocupação da rede, no limite de 80%, e vitando sobrecarga.

Câmara arquiva projeto que indeniza vítimas de ataques de animais nas ruas de Cataguases

Na reunião da Câmara Municipal desta terça-feira, dia 11 de outubro, foram votados quatro projetos de lei. O primeiro deles é de autoria do Vereador Guilherme Valle de Souza criando o Banco de Leite Materno Municipal. O projeto foi considerado inconstitucional na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e também teve parecer contrário do Procurador do Legislativo, advogado Ricardo Cadête Spíndola. O texto cria despesas para o Executivo o que é proibido pela Constituição. Durante a discussão do parecer o Vereador Vicente de Paulo Dias sugeriu mudanças na redação o que foi aceito pelo autor e, em seguida, aprovado por unanimidade. Com a nova redação o projeto de lei autoriza o Executivo Municipal a criar o Banco de Leite Materno em Cataguases.

O segundo projeto de lei votado e aprovado por unanimidade é de autoria do vereador Vicente de Paulo Dias, que institui em Cataguases o Dia Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência. Na sequência foi aprovado, também por unanimidade, projeto do Vereador Antônio de Souza Pereira, o Antônio Boneco, instituindo o Dia Municipal do Combate e Prevenção ao Câncer de Mama.

A polêmica daquela sessão ficou por conta da votação do projeto de lei 51/2011, de autoria do Vereador José Hermaty da Veiga (foto), o Canecão, que prevê a indenização às vitimas de acidentes decorrentes dos animais soltos nas de Cataguases e Distritos, especificamente, cães e cavalos. O referido projeto chegou a ser motivo de brincadeiras já que a indenização em dinheiro para as vítimas criaria a “indústria da indenização”. No entanto, no plenário e durante sua discussão, o assunto revelou uma preocupação dos parlamentares em o município adotar com urgência medidas eficientes que coibam a presença de animais soltos nas ruas. O texto foi considerado ilegal e inconstitucional pelas comissões e pelo Procurador do Munícipio, Ricardo Spíndola, também por ser área exclusiva do Poder Executivo e por criar despesa para o município. Colocado em votação os vereadores acataram os pareceres e rejeitaram o projeto.

Foram também votados e aprovados dois requerimentos de autoria do Vereador Guilherme Valle de Souza. O primeiro requer do Executivo Municipal Relação dos Projetos de construção civil que deram entrada na municipalidade em junho de 2011 até a presente data (aprovados e em tramitação) constando data da entrada, tipo de projeto, metragem, engenheiro responsável e data da aprovação. E o segundo Requerimento quer saber se o poder Executivo está estreitando esforços junto aos governos estadual e federal para que de fato Cataguases seja contemplado com programa Aliança pela Vida, de atendimento aos dependentes químicos, já que os  investimentos previstos para 2012 ultrapassam 100 milhões de reais.