terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cataguases vai começar a fazer coleta seletiva do lixo

São 47 toneladas por dia, o equivalente a 700 gramas para cada morador de Cataguases. Esta é a quantidade total de lixo que a Prefeitura recolhe – diariamente – na zona urbana e que vai parar no lixão, uma propriedade rural adquirida pelo município apenas para ser o destino final do que não serve ou não pode mais ser usado pelos habitantes da cidade. Uma montanha enorme de materiais e matéria orgânica descartados por toda a população, e que a partir deste mês de novembro, vai começar a ser reduzida com o início da coleta seletiva do lixo. A informação foi prestada pelo Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, José Emilton Silva.

A coleta seletiva de lixo em Cataguases é um desejo antigo, “além de ser uma necessidade”, acrescenta José Emilton que, ao lado da bióloga Leonora de Aquino Pancone Costalonga, funcionária da Secretaria, detalha o projeto. “Vamos começar pelos bairros Bandeirantes e Menezes, para atender as reivindicações das Associações de Moradores e também da Escola Estadual Marieta Soares Teixeira, que estão mais engajados nesta realidade e já há algum tempo vêm pleiteando o início da coleta seletiva na cidade”, explicou.

Para ordenar este trabalho foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito William Lobo de Almeida a Lei número 3.905, de 6 de abril de 2011, que institui o programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos no Município de Cataguases. De acordo com esta lei, em seu artigo sétimo, “a coleta, a seleção, o armazenamento e a comercialização dos materiais recicláveis (...) serão executados pela Associação de Catadores de Recicláveis de Cataguases – Ascatag – sociedade civil, sem fins lucrativos e sem prazo determinado para funcionamento”. Em seu parágrafo primeiro acrescenta: “a renda proveniente da comercialização dos materiais recicláveis será integralmente revertida à Ascatag”. No parágrafo terceiro, a lei previa o repasse de 3,5 UFM’s (Unidade Financeira do Município) para a entidade custear este trabalho. Este valor, no entanto, foi posteriormente ampliado para 10 UFMs mensais - equivalente hoje a R$2.010,50, por força da lei 3.935/2011.


Com esta infraestrutura a Ascatag passou a desenvolver o trabalho de coleta seletiva em escolas e empresas e, agora, vai assumir este trabalho nos bairros Bandeirantes e Menezes. O material recolhido e separado será vendido a empresas especializadas para ser reciclado. A entidade é presidida por Maria do Carmo Torres Costa e congrega atualmente doze associados. Segundo Felipe Dutra Ladeira, Fiscal do Meio Ambiente e responsável pelo acompanhamento do trabalho da Ascatag, a entidade está preparada para iniciar a coleta nestes bairros. “Já alugou um caminhão e desenvolveu um projeto de ação para tornar o trabalho mais rápido e eficiente”, conta.  Leonora revela a forma da coleta seletiva. “O lixo será separado entre seco (latas, plásticos, papeis, embalagens) e úmido (restos de alimento), por ser o método mais prático de separação do lixo”, disse. A data para o início do trabalho será definida nos próximos dias, revelou o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente.

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